Boa noite Finansfera!
Nos últimos tempos temos passado por uma piora da situação econômica do país..a inflação não dá trégua, o dólar continua alto mesmo com os aumentos de 1% na taxa SELIC por reunião do COPOM e na política muita gente "batendo cabeça" e nada sendo realmente feito para mudar esse cenário. Além disso ainda temos crise hídrica e COVID completando o quadro...que fase... A divida pública já beira os 100% (índices extremamente altos para um país subdesenvolvido como o Brasil) e já vemos indícios que a taxa de juros voltará aos dois dígitos (para o desespero do empresário e felicidade do investidor de renda fixa). pra piorar ano que vem é ano eleitoral (época de jogar todos os problemas pra baixo do tapete).
A grande pergunta que passa pela minha cabeça é: "Estamos em um momento de oportunidade ou aviso sobre uma piora da economia brasileira?"
Quando pensamos que vai recuperar, vem outra queda...
Todos sabemos que a melhor hora de ir às compras na renda variável são nas quedas de mercado...Ou seja, estaríamos em uma fase boa para aumentar a participação em ações. Por outro lado, como a queda está ligada com a piora da situação econômica do país, pode ser que esta queda gere revisão dos lucros das empresas na B3 (junto devido à maior SELIC) e com isso apesar de acessarmos ações por preços menores, também teremos redução do valuation das empresas, podendo anular a oportunidade...
Outro ponto a considerar é o fato que crises institucionais são complicadas e é demorado até um governo conseguir melhorar as condições econômicas e ir diminuindo o endividamento. Some a isso a perda de credibilidade do país pelo mundo e também o processo inflacionário mundial que irá acabar obrigando as grandes economias a aumentar suas taxas de juros (impactando nossa rentabilidade). Tempestade perfeita...
Após todos estes fatores, estou pessimista para o caminho que estamos percorrendo... Vejo maior chance de uma continuação da piora do cenário (com aumento de dólar e piora da Bolsa) do que de uma recuperação econômica.
Por este motivo, vou aumentar um pouco minha alocação em ativos internacionais (de 25% da carteira para 35%) no médio prazo diminuindo um pouco a alocação na renda variável brasileira.
Uma boa notícia foi a criação do WRLD11, ETF nacional que replica o ETF VT. Isso diminuirá uma preocupação que tenho, uma vez que invisto toda a parte da carteira internacional diretamente no exterior e estava preocupado com possíveis alterações tributárias nos EUA/Irlanda ou regras tributárias malucas que o Brasil poderia criar em relação a investimentos no exterior. Assim, o ETF WRLD11 será uma boa opção para diversificar um pouco meus investimentos internacionais.
Mas em geral, faz parte da vida do "FIREE" esses altos e baixos, especialmente no Brasil... Não vou fechar a porta para um retorno em aposta Brasil, mas vou investir em ações BR com mais cuidado...pelo menos até ter uma visão um pouco mais clara de para onde estamos indo...
E você? Como está se preparando pros próximos meses/anos?
Grande abraço!
VVI