quarta-feira, 1 de maio de 2024

Fechamento da Carteira Abr/24 ( -0,61 % / -1,68 %)

 


 Boa Noite Finansfera!


Abril foi um mês bem longo para minha carteira de investimentos! Fiz a maior mudança de estratégia que já fiz desde que comecei a carteira de forma oficial em 2018...Além disso, foi um mês de muito "sobe-desce" no mercado, tanto na renda variável quanto renda fixa.

Também resolvi mudar um pouco a organização das informações de forma a simplificar a escrita dos posts. Se puderem favor me informar se ficou melhor ou pior, ok?

Novidades, Taxa de Poupança e Movimentações do Mês

Esse mês de abril não foi um bom mês para a renda variável em geral, tendo os juros futuros aumentado consideravelmente e aberto uma grande oportunidade para compre de tesouro direto uma vez que as taxas passaram do fatídico IPCA+6%aa (bruto). Ao mesmo tempo que os  juros futuros subiram, as ações BR e FIIs também tiveram uma queda acentuada, impactando a geração de valor da carteira como todo...no final tivemos um recuo do patrimônio (e olha que investi bem esse mês) de 0,61 % e se focarmos apenas rentabilidade dos investimentos  (sem aportes) a queda foi de 1,68 %. Vamos ver como será Maio...

Os poucos leitores que me acompanham já devem ter percebido que sou um seguidor da filosofia de "manter o rumo sem me importar com as variações mensais dos ativos, uma vez que o que vale o longo prazo", mas eu já tinha há algum tempo decidido em eliminar a parte de crescimento da carteira de ações BR, uma vez que não estava feliz com o futuro dessas ações. Meu plano era aguardar uma queda mais acentuada da SELIC para que estas valorizassem e saísse em uma melhor condição...O que mudou na minha estratégia? Senti que nosso país vai demorar mais que o esperado para realizar as quedas de taxas de juros de forma orgânica e, como os juros futuros deram uma boa subida, resolvi implementar o plano antes de hora para converter essas ações de crescimento em título longos de TD Renda+. Qual a explicação? Um papel no renda+ não paga come-cotas e com essas taxas altas por décadas (comprei 2040) o efeito bola de neve deve me garantir lucratividades médias acima de IPCA+5 % aa sem muito risco. Além disso, a partir de 2040 passo a ter uma renda por 20 anos que pode me ajudar na aposentadoria antecipada...virei fã desse produto! (não estou recomendando...estou apenas dizendo o que pensei pra minha carteira). 

Dessa forma minha carteira de ações que era 20 % do patrimônio gerenciável caiu a 13 % (ainda estou decidindo se a nova meta será 10, 12,5 ou 15 %) e minha parcela de renda fixa subiu pra cerca de 47%.

Outra modificação que fiz foi implementar a portabilidade do meu PGBL que estava em um "fundo da moda" multimercado pagando 2% aa. Em todo período que estou com eles (desde 2018) o acumulado não venceu o CDI... De forma a centralizar o controle da minha carteira e reduzir pagamento de taxas pro mercado financeiro realizei a portabilidade para o fundo ofertado pelo BTG que tem custo zero de administração e basicamente compra títulos públicos SELIC...logo é o equivalente a investir em 100% SELIC, com a vantagem de isenção fiscal, tabela regressiva de IR chegando a 10 % e taxa de administração nula...Isso é algo que já queria fazer há algum tempo e agora oficializei! 

No mais os gastos continuam bem altos e não fosse uma verba não recorrente o investimento do mês seria pífio...paciência...

Seguem os gráficos do mês onde pode ser vista a redução da carteira de ações e o novo foco basicamente em ativos de renda. Aos poucos estou preparando a carteira para o período FIRE onde a renda será muito relevante.

O plano original seria aumentar a participação em FIIs de 20 % para 25 % e depois de alguns anos levar para 30 %, mas confesso que estou um pouco decepcionado com os FIIs...não com a rentabilidade, mas com as gestoras...Tenho visto vários exemplos de ofertas de cotas onde as gestoras parecem mais interessadas em aumentar seu ganho que a do cotista...Me decepcionei com algumas gestoras que considerava muito sérias... Por esse motivo travei a subida da carteira para avaliação futura (continuarei reinvestindo os rendimentos em FIIs - esse mês foi exceção pois aproveitei muito do TD).

Para o próximo mês a idéia é continuar acompanhando os juros do TD Renda+ e caso continuem acima de IPCA+6 % aa continuar apontando nisso. Em complemento pretendo enviar mais um pouco de recurso pros ETFs...tem muito tempo que não faço uma remessa...

No mais vamos que vamos...

Seguem os gráficos do mês...


Gráficos do Mês







E vocês amigos da Finansfera? Como viram o mercado esse mês?


Grande abraço!


VVI

11 comentários:

  1. Bom dia, VVI.

    Abril pareceu ser um mês um tanto longo, mas o ano está voando, pelo menos essa é a minha percepção. E aparentemente, foi um mês péssimo para muitos investidores.

    Tenho pensado em começar a investir em títulos do TD IPCA+, especialmente quando as taxas estão acima de 6%. No entanto, quando isso acontece, nossa bolsa também fica "barata", então acabo optando por investir em ações. Alguns dizem que a bolsa está "barata" desde 2020. Rs...

    Cogitei reinvestir apenas os proventos em ações e realizar novos aportes no Tesouro IPCA+ 2045 quando as taxas estiverem iguais ou acima de 6%, mas na hora de colocar o plano em ação, sempre acabo desistindo. Sobre o TD Renda +, já ouvi falar, mas nunca me aprofundei para entender o título.

    Entendi que as mudanças feitas na sua carteira foram algo que o aproximou mais dos seus objetivos, e isso é ótimo para dormir mais tranquilo.

    Abraços

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  2. Bom dia SP! Essa questão da bolsa estar barata eu ouço desde 2019...rsrs. Entendo e concordo que ações são investimentos no longo prazo que dão mais retorno que a renda fixa...tem que ser pois se não fosse não teria por que alguém colocar dinheiro em renda variável que possui mais risco do que na renda fixa, em especial garantida pelo Tesouro ou FGC. Mas algo que tem me passado na cabeça nos últimos anos é que talvez toda essa teoria só seja válida para um mercado de ações forte como os EUA. Toda nossa teoria é balizada no mercado americano e por lá tradicionalmente o mercado de ações é forte e a renda fixa com baixíssimo retorno. Aí existe mesmo uma vantagem. Nosso mercado de ações é muito fraco e propenso a limitação de crescimento devido às maluquices de política e insegurança jurídica que temos, além de ações de grandes especuladores por aqui.. Isso junto com a necessidade de pagamento de altos juros já renda fixa tendem a anular a vantagem das ações aqui no Brasil...Lógico que tem períodos que a bolsa explode, mas quando pegamos intervalos maiores na maioria dos casos vejo perdendo pro CDI...Não sei...é uma teoria...no longo prazo se não mudar de ideia a tendência é que fique com ações só no mercado global....Aqui no BR só renda fixa e FIIs...Vamos ver...Grande abraço!

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    1. Excelente análise, realmente o Brasil tem um risco maior e pagamos esse risco com altos juros na renda fixa, o que dificulta que a RV ganhe da RF.

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  3. Olá VVI, você já deve ter visto no meu blog, mas minha rentabilidade foi péssima hehe

    Estou focando aportes no RENDA+ este ano também, aproveitando o vencimento longo e taxas altas, mas as taxas seguem subindo então estou bem negativo nesses investimentos, e seguirei aportando nele enquanto tiver essas taxas altas e não ficar acima do meu limite máximo de alocação nessa classe de ativo.

    Abraços!

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    1. A gente só fica negativo artificialmente...só tem prejuízo se vender. Logo inverte o spread e volta a estar positivo. Estou gostando muito dessas novas alternativas do tesouro direto... Grande abraço!

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  4. Amo o TD Renda+, boa parte da minha estratégia de viver de renda virá dele, virarei um "comprador de renda" quando parar de trabalhar. Na verdade tenho preferido o Educa+ pois consigo fazer um escalonamento melhor em 5 anos do que em 20, mas para quem tem um longo horizonte é melhor o Renda+ e fazer ajustes com o Educa+.
    Um colega do trabalho já está garantindo uma renda de R$5000 para quando o filho dele fizer 50 anos, gastando relativamente pouco hoje por conta do prazo. Acho que todo mundo gostaria de ter um pai assim.
    Abraços.

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    1. Interessante Mendigo! Uma jogada que um colega meu levantou e que pode ser interessante também é durante o recebimento dos valores do renda + por 20 anos você reservar uma porcentagem do recebimento pra comprar o próximo renda+ começando logo após o final do primeiro. Como o prazo é 20 anos fazendo isso com uns 20% da renda já seria suficiente pra garantir mais 20 anos de renda. Tem várias opções de estratégias nteressantes sendo feitas com eles. Grande abraço!

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  5. Rapaz, eu tô aqui fazendo o contrário, querendo diminuir a RF pra aumentar a RV. Realmente a lógica natural das coisas me impede de pensar que no longuíssimo prazo (que é o meu horizonte) uma cesta de 'boas' ações perca pra qualquer que seja a renda fixa, só que talvez eu esteja esquecendo que existe aí no meio uma variável chamada BRASIL.

    Abraço.
    https://engenheirotardio.blogspot.com/

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    1. Boa tarde ET! Já pensei assim também...hoje tenho dúvidas se a lógica de melhor retorno de ações no longo prazo vale também para o Brasil dadas as "jabuticabas" que temos aqui. Grande abraço!

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  6. Boa noite ET! Pois é...o problema aqui no Brasil é que não dá pra saber se realmente boas ações BR valem mais a pena que a SELIC. Nas últimas décadas não tem parecido não...mas posso estar errado...enfim...ainda devo manter as ações mais com foco em dividendos por um tempo pra decidir se sairei completamente das ações BR ou manter o pezinho no BR também...apesar de tudo já estou começando a focar o plano na geração de renda necessária para o período FIRE... Grande abraço!

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