sábado, 31 de julho de 2021

Fechamento da Carteira de Investimentos de Julho/21 (+1,33 % / +0,30 %)

 

 

 Bom dia colegas da Finasfera!

Esse mês de julho foi um mês estranho com a bolsa caindo ainda mais que no mês de Junho e a lucratividade da minha carteira andando de lado. Mesmo fazendo alguns aportes no início do mês a carteira de ações fechou bem negativa. O que salvou a carteira como um todo foi o rendimento da renda fixa, valorização do dólar e os elevados aportes.

No final, minha carteira cresceu 1,33 % considerando os aportes e, sem considerá-los, subiu 0,3 % (mantendo a carteira anual com lucratividade abaixo da inflação, mesmo sem considerar a inflação em Julho). Abaixo a evolução da carteira no ano de 2021 considerando em azul a evolução total da carteira (contando os aportes), em vermelho a evolução da carteira sem os aportes do mês e em amarelo a curva acumulada da inflação IPCA (sem o mês de julho que ainda não teve seu valor divulgado).

 Gráficos de Acompanhamento do Patrimônio

 

Abaixo segue a variação dos principais tipos de ativos que compõe a carteira. Por esta tabela é possível verificar que o culpado da baixa lucratividade da carteira foi o mercado de ações que impactou diretamente a carteira de ações e indiretamente a carteira de fundos multimercado.

 

 

Variação da Carteira por Tipo de Ativo

 

 

Pelo gráfico é possível ver que não está fácil esse ano vencer a inflação...mesmo com uma carteira diversificada e com uma boa parte da carteira com ativos IPCA+ não estou conseguindo vencer a inflação... 

O que vem salvando a carteira são os aportes elevados dados os baixos gastos no dia a dia (desde o COVID os custos mensais desabaram pelos impedimentos de viagens e lazer - houve queda de cerca de 25-50% do meu gasto médio mensal - taxa de investimento do mês considerando o salário bruto foi de 55,66 %). Apesar dessa boa notícia, preferia os gastos maiores e as viagens frequentes...rsrs. Abaixo a distribuição dos gastos do mês.


 Alocação dos Gastos do Mês de Julho/21

 

No mês de julho os investimentos foram focados nas ações e na nova classe de ativos da carteira: FIIs. Sempre quis investir nos FIIs, mas com a tendência de aumento da taxa de juros e o fantasma da taxação dos FIIs resolvi aguardar um pouco para que o mercado precificasse as cotas. Neste mês resolvi começar aos poucos os investimentos nos FIIs, aumentando após a reunião do COPOM marcada para o início de Agosto. Me agrada muito a ideia dos FIIs e sua característica menos volátil e pretendo no médio prazo chegar a 20% da carteira em FIIs. Vamos ver se o cenário se mantém favorável para isso...  No final de julho a alocação da carteira ficou da seguinte forma:


 Composição da Carteira

 

Previsão preliminar para Agosto: Realizar investimentos em FIIs (aumentar alocação nos ativos escolhidos), fazer algumas compras de ações e, caso o dólar continuar caindo, mandar um pouco mais de recursos para fora. 

Em relação à carteira de ações, estou um pouco desconfortável com a grande influência dos setores de energia e seguros na carteira (são quase 50% da carteira). Dessa forma, devo dar preferência para investimento em outros setores (apesar de achar que o setor de seguros está bastante atrativo com as quedas recentes).

Como regras, tenho duas regras pra evolução da carteira de ações: Não ter mais que 10% em apenas um ativo e não ter mais que 30% em um setor. Esse mês vendi minha última posição em JBS, o que aumentou a participação do setor elétrico na carteira para 34 %, o que está acima do valor que me sinto confiante. No próximo mês pretendo corrigir isso focando em investimentos nos demais setores. Abaixo segue alocação atual da carteira de ações e alocação por setor.

 

 Composição da Carteira de Ações BR - Ativo x Peso

 


Composição da Carteira de Ações BR - Setor x Peso

 

Em relação a nova carteira de FIIs decidi começar com uma carteira simplificada com apenas 4 ativos, sendo um de cada setor (Logística, Shoppings, Corportativo e Papéis) idealmente com 25 % em cada. A médio prazo meu plano é aumentar a carteira para 8 ativos com 2 ativos de cada setor e manter essa carteira com o mínimo de alterações e reinvestimento automático dos proventos a fim de reequilibrar a relação 25 % para cada setor. A escolha dos ativos seguiu a avaliação da carteira recomendada da Suno (que sou assinante) com uma avaliação dos relatórios gerenciais e principais variáveis (P/VP, DY, Endividamento, Vacância, Diversificação dos Inquilinos, Localização dos Ativos,etc). Abaixo segue a alocação atual dos FIIs.

Composição da Carteira de FIIs - Ativo x Peso

 

Em relação aos ETFs internacionais continuo tendo apenas 3 ativos, sendo um no mercado americano (VT) e dois ETFs de acumulação domiciliados na Irlanda (IWDA e EIMI). O motivo dessa mistura é explicada pelo fato que iniciei meus investimentos internacionais com uma carteira 100% VT e após algum tempo decidi me expor um pouco em ETFs irlandeses (hoje já é a maior parte da carteira). Para a carteira irlandesa montei uma carteira composta de um ETF neutro de paises desenvolvidos (IWDA) e um ETF neutro focado em emergentes (EIMI) pra apimentar um pouco a carteira. Abaixo segue a composição da carteira internacional.

              

Carteira Atual de ETFs Internacionais

 

Em relação a renda fixa continuo bastante alocado em ativos IPCA+, especialmente debêntures, CRIs/CRAs e CDBs, além de alguns fundos de investimentos em crédito privado. Confesso que essa é a parcela que vem me dando menos trabalho e melhor rentabilidade...mas sabemos que o mercado é cíclico e a função dessa parcela é mais proteção de mercado e nem tanto aumentar a lucratividade da carteira. Essa característica de proteção está sendo útil nesse momento de volatilidade da carteira de ações. Abaixo segue minha alocação em renda fixa em função do tipo do ativo.


Composição da Carteira de Renda Fixa

 

Conclusão

Mais um mês de aumento da carteira devido aos aportes e não devido a lucratividade da carteira. Sei que isso é normal e tenho que olhar a carteira em um horizonte maior... Esses momentos de rentabilidade diminuindo correspondem a oportunidades de bons aportes com preços reduzidos...Pelo menos tenho que falar isso na frente do espelho um pouco mais...rsrs

Foco na estratégia e "continue a nadar" (Quem imaginaria que o filme Procurando Nemo pudesse ser uma referência para o mercado financeiro?...rsrs).

 

Grande abraço e até a próxima!

 VVI

2 comentários:

  1. Olá VVI,

    Hoje conversei com um amigo sobre investimentos e ele estava um pouco desanimado/preocupado (e quem não está?!) e comentei para continuar seguindo o planejamento ou resumindo "Continue a nadar".

    Parabéns pelo resultado e pela taxa de poupança.

    Abraços,

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    1. Boa tarde VAR! Tá difícil mesmo... É muito ruim mês após mês aportar um valor e ver parte dele desaparecer com a desvalorização da carteira. Mas é melhor pensar que essas quedas recentes configuram uma oportunidade e continuar mesmo com o planejamento...Fala pra ele que se ele está desanimado/preocupado esse ano, imagina ano que vem com eleição polarizada? Rsrs Grande abraço!

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