sábado, 3 de julho de 2021

Fechamento da Carteira de Investimentos de Junho/21 (+0,59% / -0,65%)

 Bom dia colegas da Finasfera!

Esse mês de junho foi um mês que se dividiu em duas partes: antes de 25/06 e depois de 25/06. Antes da divulgação da proposta de reforma tributária a carteira estava crescendo muito bem, sugerindo um fechamento próximo bem positivo. Porém, como no Brasil cada dia é uma oportunidade para gerar instabilidade política ou econômica, no dia 25/06 veio a proposta bem mais agressiva do que a esperado pelo mercado e as ações (especialmente as com foco em dividendos) e FIIs desabaram. Como não tenho FIIs o impacto na minha carteira foi limitado, porém metade da minha carteira de ações tem foco em dividendos e estas caíram bastante. 

No final, minha carteira cresceu 0,59 % considerando os aportes e, sem considerá-los, caiu -0,65 %. O que segurou as pontas foram os ativos de renda fixa que ajudaram a diminuir a queda. Abaixo a evolução da carteira no ano de 2021 considerando em azul a evolução total da carteira (contando os aportes), em vermelho a evolução dos investimentos (total sem os aportes do mês) e em amarelo a curva acumulada da inflação (sem o mês de junho que ainda não teve seu valor divulgado).

 Gráficos de Acompanhamento do Patrimônio

 

Pelo gráfico é possível ver que não está fácil esse ano vencer a inflação...mesmo com uma carteira diversificada e com uma boa parte da carteira com ativos IPCA+ não estou conseguindo vencer a inflação... O que vem salvando a carteira são os aportes elevados dados os baixos gastos no dia a dia (desde o COVID os custos mensais desabaram pelos impedimentos de viagens e lazer - houve queda de cerca de 25-50% do meu gasto médio mensal - taxa de reinvestimento considerando o salário bruto foi de 55,57%). Apesar dessa boa notícia, preferia os gastos maiores e as viagens frequentes...rsrs. Abaixo a distribuição dos gastos do mês.

Alocação dos Gastos do Mês de Junho/21

 

No mês de junho os investimentos foram focados em ativos no exterior (ETFs), sendo quase a totalidade dos investimentos nessa classe de ativo (apenas dividendos/JCPs/amortizações e juros de RF foram reinvestidos em ações BR). Esses investimentos foram ofuscados pela constante queda do dólar no período (engraçado que mesmo considerando os aportes o valor em reais no fim do mês ficou quase o mesmo do início do mês, dada a desvalorização da moeda). No final de junho a alocação da carteira ficou da seguinte forma:

Composição da Carteira

 

Previsão preliminar para Julho: Focar em aproveitar a instabilidade das ações para comprar algumas boas empresas por preço reduzido. No início de 2020, com a queda do mercado com o COVID resolvi criar minha carteira própria de ações (até então só investia indiretamente em ações através de fundos). Como ainda não confiava nas minhas habilidades de valuation (estou ainda estudando o assunto), montei uma carteira mesclando as carteiras de ações com foco em dividendos e valor proposta pela  Suno Research e venho acompanhando os relatórios e incluindo uma ou outra ação por minha conta. Minha carteira de ações BR atual é composta por 17 ativos. Como regras, tenho dois limitantes pra evolução da carteira: Não ter mais que 10% em apenas um ativo e não ter mais que 30% em um setor. Estou conseguindo respeitar minhas regras até o momento...Outro ponto é que evito ao máximo a venda de ativos, tendo como filosofia o "Buy and Hold". As vendas são raras e geralmente devido a uma indicação de venda por um relatório da Suno devido a perda de indicadores ou relação preço/risco desfavorável.

Composição da Carteira de Ações BR - Ativo x Peso


Composição da Carteira de Ações BR - Setor x Peso

 

Em relação aos ETFs internacionais tenho apenas 3 ativos, sendo um no mercado americano (VT) e dois ETFs de acumulação domiciliados na Irlanda (IWDA e EIMI). O motivo dessa mistura é explicada pelo fato que iniciei meus investimentos internacionais com uma carteira 100% VT e após algum tempo decidi me expor um pouco em ETFs irlandeses (hoje já é a maior parte da carteira). Para a carteira irlandesa montei uma carteira composta de um ETF generalista (IWDA) e um ETF neutro focado em emergentes (EIMI) pra apimentar um pouco a carteira. Abaixo segue a composição da carteira internacional.

                

Carteira Atual de ETFs Internacionais

 

Em relação a renda fixa, estou bastante alocado em ativos IPCA+, especialmente debêtures, CRIs/CRAs e CDBs, além de alguns fundos de investimentos em crédito privado. Confesso que essa é a parcela que vem me dando menos trabalho e melhor rentabilidade...mas sabemos que o mercado é cíclico e a função dessa parcela é mais proteção de mercado e nem tanto aumentar a lucratividade da carteira. Abaixo segue minha alocação em renda fixa em função do tipo do ativo.

 

Composição da Carteira de Renda Fixa

 

Conclusão

O mês trouxe a preocupação com a reforma tributária e seus impactos para a carteira. Apesar disso, estou tranquilo, uma vez que ainda estou em fase de acumulação e me adaptarei independente do que a reforma indicar (apesar de  ver o patrimônio diminuir ser psicologicamente ruim...foco na oportunidade de ativos baratos no mercado). A única preocupação real é sobre as tributações no exterior, uma vez que é muito mais difícil trabalhar com esses ativos, especialmente os sediados na Irlanda...vamos ver o que vem por aí...

Tinha a intenção em começar uma reserva de oportunidade no fim do ano para aproveitar oportunidades no temido ano eleitoral, mas acredito que vou iniciar essa reserva um pouco antes prevendo novas quedas nos próximos meses... Acredito que teremos ainda muita instabilidade com as questões políticas diárias (Brasil não é pra iniciantes) e novidades da proposta de reforma tributária. 

Gostaria de iniciar no curto prazo aportes nos FIIs, mas confesso que prefiro esperar mais um pouco pra ter uma visão mais clara de até onde vamos com os aumentos da SELIC (acredito que o efeito proposta já está espelhado nos preços, mas não um possível aumento da SELIC acima dos 7%). Vou esperar um pouco mais até me sentir mais confortável pra iniciar minha carteira de FIIs. Vamos ver o que vem por aí...

Grande abraço e até a próxima!

 VVI


6 comentários:

  1. olá VVI,

    Concordo com você, esse mês de junho é dividido em antes de 25 e pós-25. Essa instabilidade faz parte dos investimentos.

    Parabéns por manter firme a questão dos aportes. No final é isso que impora na fase de acumulação.

    Abraços,

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  2. Boa tarde VAR! É interessante como no final importa mais os aportes e nem tanto o rendimento dos investimentos. Vamos seguindo...o que importa é o longo prazo e que no final o patrimônio vai subindo. Grande abraço!

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  3. Olá, caramba, parabéns, mais da metade da sua renda em investimento, não é para qualquer um. Hoje consigo no máximo 30 por cento, mais do que isso só depois que eu desmamar os filhotes kkkk. Esse ano tá difícil demais para ter uma rentabilidade positiva, os meus estão negativos este ano, tá sofrido.

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  4. Boa noite Cansada! O segredo da taxa de poupança é o fato de eu ainda não ter filhos (COVID adiando um pouco os planos). Assim que voltarmos com o plano do primeiro filho com certeza essa taxa vai reduzir...30% ainda está muito bom! Tá difícil mesmo...A inflação está implacável e os investimentos andando de lado...Vamos torcer pra dar uma melhorada (apesar de não acreditar muito). Grande abraço!

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  5. Fala VVI!

    Belo fechamento, sobre os pesos na carteira: Energia, seguros e financeiro, ótimos para gerar renda passiva hein

    Abraços.

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  6. Boa tarde One! Pelo menos era antes dessa proposta de reforma (desabaram por causa da característica de dividendos delas). Mas gosto muito desses setores (especialmente energia). Tenho que ficar de olho pra não acabar me expondo demais a ele
    ...rsrs...Grande abraço!

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