quinta-feira, 19 de junho de 2025

Alterações no Acompanhamento da Carteira - Filosofando

 



Bom dia Finasfera! Tudo bom?


Estou de férias, o que explica como consegui um tempinho para escrever esse post fora dos posts mensais de acompanhamento de carteira. 

Para os poucos leitores que acompanham esse humilde Blog ficou clara uma alteração considerável da minha carteira de investimentos desde dezembro de 2024...Tinha uma carteira composta quase que 40 % em renda variável BR (FIIs e ações) e em praticamente dois movimentos (um em dezembro/24 e outro em maio/25) eliminei essa parcela concentrando o patrimônio em renda fixa BR e renda variável internacional (mantendo alocação alvo de 20-25 % em ETFs internacionais), estando hoje cerca de 77,5 % em renda fixa BR e 22,5 % em  ETFs+Moeda Estrangeira. 

Ainda estou consolidando a carteira e montando a carteira objetivo nessa nova condição, além do grande desafio de garantir um fluxo de renda no FIRE que seja minimamente diversificado (antigamente os FIIs teriam essa vantagem de ajudar da diversificação da renda, porém agora praticamente toda a renda vem do mesmo emissor - o governo - através do TD IPCA+ CJS e TD Renda+).


Mudanças fazem parte do caminho, apesar de serem difíceis para pessoas metódicas como eu...

Aproveitei esse movimento todo para fazer também uma outra "alteração" na forma como acompanho a minha carteira eral...A carteira que sempre utilizei para decidir novos aportes e que apresentei aqui sempre foi a minha, desconsiderando a carteira da Sra VVI...sim...a Sra VVI tem uma carteira de investimentos própria que sempre optei por manter separada da minha por questão de tentar instigar ela a aprender sobre investimentos e gestão do seu próprio patrimônio e devido a ela não querer acompanhar muito a sua carteira (na prática ela olha 1x por semestre e mesmo assim por que eu fico encima dizendo que ela tem que acompanhar no mínimo para ver se algum título venceu e precisa ser reinvestido). Apesar de saber +- o quanto há na carteira dela, sempre optei por fazer o plano FIRE independente da carteira dela, considerando esta como um "bônus" para o plano. Mas a partir desse mês interliguei as nossas planilhas criando uma "aba de controle geral de patrimônio" onde tenho uma visão da alocação equivalente da carteira. Isso é algo interessante pois como a careira da Sra VVI sempre foi 100 % RF BR, quando colocamos as duas juntas foi possível verificar que a parcela de ativos em ETFs internacionais foi um pouco diluída, ficando um pouco fora do intervalo objetivo de 20-25 %. Meu novo objetivo é que a decisão de aportes seja feita com base nessa aba de "patrimônios unidos, sendo os aportes de RF feitos preferencialmente pela carteira dela e a minha carteira ficando com os aportes em RV Internacional (não vale a pena ela abrir conta no exterior e trazer a complexidade de IRPF para sua carteira para aportar em RV INT se eu já tenho isso). Isso aponta para uma tendência forte que os próximos aportes da minha carteira devem ser feitos em ETFs internacionais (aproveitar o dólar baixo em compensação ao aumento do IOF para 1,1%). É muito tentador continuar a colocar tudo em TD atualmente com as taxas que temos, mas não posso deixar de lado a parte internacional ainda mais com o dólar relativamente baixo.

Vou continuar a divulgar no blog apenas a minha carteira, pois atualizo ela mensalmente e a carteira da Sra VVI é atualizada "quando ela está de boa vontade para fazê-lo", assim não faria sentido ficar divulgando um resultado atualizado sendo que parte do resultado não é atualizado a meses/semestres (para vocês terem idéia a última atualização dela foi em janeiro/25 e a próxima não tem data para ser realizada). Apesar disso, ter a aba "controle geral" permite que eu ajuste os novos aportes da minha carteira pensando na carteira como um todo (os aportes da Sra VVI continuarão na RF pois ela não quer se meter com renda variável, em especial no exterior). Isso é algo que eu já devia ter feito a mais tempo.

Outra atualização que fiz na minha planilha de controle foi a criação de uma aba de "Geração de Renda" onde para uma faixa de idade minha e da Sra VVI estipulamos a renda gerada por nossos "ativos geradores de renda" comparando com o nosso objetivo final. Através dessa tabela podemos a renda garantida em uma faixa de idade de aposentadoria (no nosso caso avaliamos minha idade de 50-100 anos) pelos ativo gerador de renda (exemplo: Renda+, IPCA+ CJS, aposentadoria privada, etc) e com isso a identificação das faixas de datas aonde precisamos aportar mais ativos geradores de renda para garantir uma renda constante em uma grande parte da faixa de 50-100 anos. Por motivos óbvios (risco de não existir) não considero aposentadoria de INSS no cálculo...rsrs. O fato de considerar o plano consolidado considerando os ativos meus e da Sra VVI já permitiu visualizar até falhas de estratégia como uma grande quantidade de títulos renda+ de ambos os lados no mesmo período (o que gerou elevada renda em um determinado período e a falta dela em outro). Já estou enxergando vantagens nessa avaliação conjunta...

É fato que estou  passando por um momento de grandes mudanças (tanto nos investimentos como plano de vida com a mudança de Estado) e por algum tempo as estratégias ainda estarão fluídas...A previsão de alta necessidade de recursos  em 2027 para a compra de um imóvel na nova cidade (previsão) também é uma preocupação que impacta a estratégia de investimentos (apesar de termos criado um "Fundo Mudança"  e outro "Fundo Apartamento 2027" para guardar recursos para evitar a necessidade de financiamentos ou liquidação de ativos para pagar despesas).

Enfim, possivelmente em alguns meses terei montado um novo plano de acompanhamento...quero tentar passar a focar mais no acompanhamento da renda gerada e menos no patrimônio, já preparando para a "época teste" pré-FIRE. Tenho o objetivo de testar a vida FIRE uns 5 anos antes de "declarar FIRE realmente"...Basicamente viver da renda gerada pelos investimentos  no período e investir 100 % da renda gerada pelo trabalho. Seria uma forma de ver a perenidade do plano antes de pedir demissão e com isso poder fazer ajustes em um período aonde há abertura pra isso...

Bom...vamos ver caros colegas...continuarei publicando meu acompanhamento a princípio mensal (só meu, sem considerar o da Sra VVI) porém também estou pensando em alterar o acompanhamento de mensal para bimestral ou trimestral...uma das vantagens de não ter mais RV BR é que não faz muito sentido ficar acompanhando de perto os investimentos...logo acompanhar mensalmente não teria um ganho muito prático para a minha carteira (como invisto na RV internacional apenas via ETFs, também não há necessidade de acompanhamento próximo)...


Grande abraço e até o final do mês!


VVI

Nenhum comentário:

Postar um comentário